Ao serem confrontadas com uma pintura, há pessoas que não sabem como fazer a análise da obra.
Há pinturas que nos transmitem tranquilidade e repouso, porém outras, exactamente o contrário. Não importa as diferenças entre umas e outras; onde, que época, etc.. Os processos de análise são comuns a todas; composição, peso visual, os planos, equilíbrio, linhas e dinamismo.
Todas elas analiticamente têm muito em comum.
COMPOSIÇÃOA pintura é uma forma de expressão num espaço em geral determinado pela dimensão do suporte, com conceitos básicos naturais. O EQUILÍBRIO e a SIMPLICIDADE. Existe a parte superior e a inferior e em cada uma delas a esquerda e a direita. Em geral a forma do suporte é rectângular ao qual chamamos plano básico.
PESO VISUAL
É o efeito óptico que produz, uma forma de grandes proporções ou uma cor muito intensa que designamos por peso.
Dividin

A primeira relação que podemos estabelecer é a que divide a parte superior da inferior. A zona superior é a que menos peso visual tolera, e a parte inferior é a que mais tolera.
Não é difícil relacionar estas duas partes com a realidade física que nos envolve: a força da gravidade mantém tudo colado à terra, mas em cima encontramos o espaço praticamente sem matéria.
A segunda relação que estabelecemos é a esquerda direita, que, como na anterior, também nos conduz de uma zona menos densa, a outra mais densa. A conclusão é então, que a zona mais pesada corresponde ao sector inferior direito, e a zona mais leve, ao sector superior esquerdo.
Estes conceitos servem para identificar os pesos visuais dentro da obra, e a relação que têm as formas ou figuras no seu interior. Isto não significa que o peso maior visual, esteja sempre no sector inferior direito. Muitas vezes pode estar no centro, ou até no sector superior. Em tais casos o efeito de peso é mais evidente, pois quando colocamos o maior peso no local onde é menos tolerado, estamos a destacar essa forma ou cor, obrigando o observador a fixar-se repetidamente nela.
EQUILÍBRIO
É a sensação de estabilidade que nos é transmitida pela obra, por mais absurdo que seja o seu conteúdo. Uma boa obra de arte está perfeitamente equilibrada. Perceber o equilíbrio de uma pintura é um acto puramente intuitivo, e só depois de analisar se compreende. Repare-se em que locais estão posicionados os pesos visuais, depois analisê-mos os motivos da harmonia. Se o maior peso está nos sectores mais leves do plano básico, certamente encontraremos pesos mais suaves ou de menor dimensão nas zonas inferiores para equilibrar a obra.
DINAMISMO
Designamos por dinâmicas as forças que criam movimento na obra. As tensões dinâmicas expressam-se mediante numerosos meios visuais. Em primeiro lugar, o movimento depende da proporção. num circulo, as forças dinâmicas começam a partir do centro indo em todas as direcções. Num oval a tensão começa no eixo vertical para as extremidades. Num rectângulo existe tensão do eixo maior para o exterior. O conteúdo da obra definirá o sentido destes eixos, acima, abaixo, esquerda ou direita. A direcção percebe-se fácilmente. Há mais recursos para criar movimento, a inclinação das linhas ou formas, a deformação das figuras e também a interação das cores das cores contrastantes. A dinâmica da composição é mais evidente quando o movimento de cada um dos detalhes se adequa ao movimento ao movimento do conjunto. A obra de arte organiza-se em torno de um tema dinâmico dominante desde o qual o movimento se propaga por toda a área da composição.
SIMPLICIDADEQuando observamos uma pintura, não a entendemos como muitas partes, mas sim como um todo. Os nossos olhos comportam-se como a natureza, que tende a simplificar as relações de planos e cores. Desta maneira podemos analisar que algumas formas estão em primeiro plano e outras atrás, apercebemo-nos portanto dos vários planos contidos na obra, apesar de alguns deles ou parte deles estarem encobertos pelos primeiros.
TODA A OBRA DE ARTE DEVE EXPRESSAR ALGO
Isto significa, em primeiro lugar, que o conteúdo da obra deve ir mais além de que só a representação dos objectos que a constituem. Esses objectos são representativos, quer dizer, aqueles que se identificam sem esforço. Com a textura e a cor o artista pode produzir diversas emoções. Estas podem ser criadas pela cor, ou directamente pelo traço do pincel. Um traço grosso e vigoroso pode transmitir-nos inquietação. Um traço suave e fino transmitirá calma.
Identificar todos os itens, não é tarefa fácil de realizar. As obras de arte necessitam de um compromisso por parte do espectador, a verdadeira obra artística obriga a que nos esforçamos por entender o que ela nos quer transmitir. É uma questão de prática e intuição.
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de quem é esse quadro?
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